A infraestutura de tecnologia que vivemos hoje deixou de fazer sentido com a chegada do GPT.

Vamos começar por um contexto básico, nós seres humanos nos comunicamos e mantemos vários protocolos para que símbolos inventados por nossas cabeças façam sentidos e transportamos isso para facilitar a nossa compreensão das 2 maiores invenções dos últimos 100 anos. Computadores e na sequencia a internet.

Os sistemas que usamos para computadores são complexos e abstratos demais para nós humanos e com isso nos levou a simplificar as abstrações para o que chamamos de códigos de programação, ainda usando muito da matemática para isso.

Com o surgimento da web, portamos em uma grande parte dos softwares que rodavam localmente em PCs ou workstations para web. Mas ainda deixou a humanidade dependente de seres humanos que entendessem das abstrações e um pouca de matemática ao menos a discreta.

Coisas como o HTML e uma linguagem de script junto com a padronização de estilod dos browsers e CSS facilitou e muito o desenvolvimento comparado com a programação em C, Java ou C++ necessário para escrever softwares como os próprios browsers.

Porém tudo isso acontece e dependente de anos e anos de camadas e protocolos o que nos traz ao desafio.

Nós desperdiçamos parte valiosa dos recursos computacionais em consenso, validação de protocolos e "conversão" ou compilação de linguagem humana para linguagem de máquina.

Agora com o surgirmento das LLMs vem o questionamento se deveriamos continuar investimendo esforços nisso. Essa ideia não é originalmente minha, mas ficou em minha cabeça após ver algo sobre isso no Twitter.

O que deveríamos investir esforços hoje, deveria ser uma linguagem de máquina alimentada pelos nossos pedidos em uma LLM. A sintaxe do código deixa de fazer sentido.

Não precisamos mais declarar em um html um botão (conceitualmente um péssimo erro de uma linguagem de marcação), sendo que poderiamos pedir imediatamente para renderizar um botão e deixar a máquina cuidar de escrever diretamente o assembly disso.

O problema para se alcançar isso é ignorar os 50 anos de construção e protocolos criados para validar a comunicação entre máquinas, enquanto construimos essa nova infraestutura.

E também tirar velhos hábitos que usamos para facilitar o uso entre humanos, normalização de hardware e etc.

O futuro que temos para construir a frente pode ser algo impressionante, principalmente por que talvez finalmente podemos tirar a maior barreira quando se trata da criação de software, o conhecimento aprofundado em programação.