IA e os estúdios Ghibli

Eu pensei em falar isso no xwitter, depois no bluesky, depois no threads e por último Linkedisney, mas percebi que nenhum deles me daria o formato que gosto.
Sei que escrever por lá traz aquele gostinho de olhem as curtidas como isso se tornou viral, porém é algo efêmero e será esquecido em 5 dias por conta de um outro assunto, que vai ter um senso de "urgência" que só as redes sociais nos trazem.
Vamos lá, vamos falar sobre IA, um pouco sobre arte e também ou talvez sobre estilos.
Toda discussão está partindo de um pressuposto de quebra de copyrights, desrespeitos aos estúdios e artistas por terem usado o estilo Ghibli. Aqui é importante colocar que estilo não gera patente, não posso pegar esse meu texto e falar que é meu estilo de escrita e patentear, estilo compõe o todo, mas não é o resultado ou a arte final.
Sfumato é o estilo criado por Leonardo Da Vinci e foi copiado em todos os lugares durante o Renascimento e podemos considerar o "estilo Ghibli", como algo parecido onde imprime identidade única aos filmes.
É aqui que mora a grande questão, estilos são produtos, estilo é comercializável?
Agora pulando para o lado da IA e da geração, os modelos possuem algo interessante, se um modelo é treinado com livros e textos explicando ou exibindo poucas imagens do estilo, bem provável que com uma certa quantidade será capaz de replicar o estilo, sem sequer usar o material original. Claro que o resultado será piorado!
NOTA: no parágrafo acima posso estar falando uma grande besteira, mas é com base no conhecimento que tenho até aqui de redes neurais e machine learning, talvez por isso hesitei em publicar antes.
Agora vem um lado que considero crucial, uma das frases que eu mais gosto na vida veio de um professor discutindo um possível erro de tradução no português para computação gráfica e as implicações que isso traz.
Traduzir Computer Graphics por Computação Gráfica, nós perdemos o conceito de renderizações gráficas em computadores e passamos a assumir que a ferramenta é fundamental para a criação artística.
Nós vivemos em um mundo, que diante da genialidade de Da Vinci as pessoas perguntariam qual é o pincel que ele usou? E cegamente confiariam que essa única informação, seria o suficiente para se tornar o próximo Da Vinci.
A IA e suas variações artísticas, não passam de meros replicantes de estilo e sem vida. O lado bonito nisso é conseguir perceber que os criadores continuam sendo seres humanos que não serão facilmente substituído por IA ela não tem motivação para criar e impressionar outros humanos.
Gerar uma foto ou video no "estilo Ghibli" é só uma demonstração da genialidade do estúdio e de como somos mero espectadores de criações artísticas e não artistas. As ferramenta atuais é são importantes principalmente no ganho de tempo.
Sei que elas podem trazem temor do futuro, vejo isso com frequência ao usar agentes de IA para escrever código que funciona perfeitamente, mas esse medo passa quando percebo que a reunião de técnicas e conceitos sempre são deixados de lado, principalmente porque falta o estilo de escrita e do pensamento humano.
Algo que percebo é que nenhum criador de estilo próprio estará ameaçado por IA, já quem sempre só copiou sem refletir no que faz, pode sim se sentir ameaçado com os avanços da IA ou começar a buscar seu próprio estilo, aquilo que te faz humano e existir na execução das tarefas.